A Embrapa Instrumentação, de São Paulo, em parceria com a fintech Agrorobótica, que nasceu dentro da unidade em 2015, desenvolveu a inteligência artificial (IA), que combina diferentes softwares e sensores para analisar as condições do solo e das plantas.
Débora Milori, pesquisadora da Embrapa que coordena o Laboratório Nacional de Agrofotônica (Lanaf), explica que a tecnologia dispensa o preparo de amostras e não gera resíduos. “Ela usa pulsos laser de alta energia para criar um microplasma na superfície da amostra, e assim, determinar a sua composição química”, diz.
A Aglibs analisa 22 parâmetros, entre eles a textura, densidade e pH do solo; macro e micronutrientes; e estoque de carbono. Segundo o CEO da Agrorobótica, Fábio Angelis, outros métodos de análise aplicam vários reagentes químicos e técnicas para obter as mesmas informações. “O LIBS mensura com um único tiro laser”, afirma.
Os pesquisadores estimam que a nova tecnologia pode avaliar 1,2 mil amostras de solo por dia, enquanto a média mensal em laboratórios tradicionais é de 800 a 900 amostras. A tecnologia foi testada em 600 mil hectares que incluem lavouras de café, soja, milho e algodão, pastos degradados e sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta.
Produtores interessados na Aglibs deverão aderir ao programa de baixo carbono da Agrorobótica. A startup vinculará os dados sobre o solo aos do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da fazenda, gerando mapas com recomendação agronômica personalizados.
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